“Não há dúvida de que é benéfico usar qualquer cobertura facial para proteção, tanto quando estamos próximos, quanto quando estamos à distância em uma sala”; explica Serhiy Yarusevych, professor de engenharia mecânica e mecatrônica da Universidade de Waterloo e líder do estudo que investigou, dentro do contexto da COVID-19, os efeitos das máscaras e ventilações na disseminação de aerossóis. “No entanto, há uma diferença muito séria na eficácia das diversas máscaras quando se trata de controlar os aerossóis”, completa o cientista, resumindo a conclusão do estudo em um comunicado para a imprensa.
Usando um manequim para simular uma pessoa sentada respirando em uma sala grande, os pesquisadores mostraram que mesmo com o uso de máscaras de pano ou máscaras cirúrgicas azuis há um acúmulo significativo de gotículas de aerossol ao longo do tempo. Essas gotículas minúsculas permanecem suspensas e viajam pelo ar, o que pode ser preocupante diante da pandemia de COVID-19, já que estudos anteriores descobriram que aerossóis dispersos por pessoas infectadas são uma fonte de transmissão do vírus.
Ventilação também é eficaz
Os experimentos quantificaram ainda o impacto dos sistemas de ventilação no acúmulo de aerossóis, já que eles promovem a circulação e substituição do ar nas salas. Mesmo as taxas de ventilação modestas foram consideradas tão eficazes quanto as melhores máscaras na redução do risco de transmissão.
Neste sentido, para Yarusevych, as evidências mostram que máscaras de alta qualidade e ventilação adequada devem ser usadas em combinação para mitigar ao máximo a ameaça representada pelo acúmulo de aerossol em ambientes fechados.
Fonte: Galileu