O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, se esquivou de responder quando o Brasil pretende começar a imunização de crianças até 11 anos contra a Covid-19. Até o momento, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não aprovou vacina para essa faixa etária. Depois disso, a pasta poderá incluir esse público no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (PNO).
— Existe alguma vacina registrada para esse público? — questionou o cardiologista, em entrevista coletiva.
O Chile, por exemplo, começou a vacinar crianças a partir de 6 anos com a CoronaVac no fim de setembro. O imunizante, desenvolvido pela Sinovac Biotech, é o carro-chefe da campanha no país sul-americano. Queiroga traçou um paralelo dessa vacina com a situação do Brasil.
— Aqui no Brasil, a CoronaVac sequer tem registro definitivo para a população acima de 18 anos. Então é necessário que haja registro na Anvisa não só para a população abaixo de 12 anos, mas para qualquer público — prosseguiu Queiroga.
A CoronaVac não está nos planos do governo federal para o novo ciclo de imunização de 2022, que priorizará vacinas da Pfizer e da AstraZeneca, qeu já possuem autorização de uso definitivo pela Anvisa. Com base em análises da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o cardiologista estima o fim da pandemia para 2022, quando o Brasil deve viver um cenário melhor que neste ano.
O Ministério da Saúde pretende usar 354 milhões de doses na campanha do próximo ano. Devem ser compradas 120 milhões de doses da AstraZeneca e 100 milhões de doses da Pfizer. Também serão utilizadas134 milhões de doses remanescentes da campanha deste ano. Além disso, existe a possibilidade de compra de mais 60 milhões de vacinas da AstraZeneca e outras 50 milhões da Pfizer.